PM tinha arsenal de quase 4 mil itens no dia 29 de abril. A operação policial que cercou a Assembleia Legislativa e ocasionou “a batalha do Centro Cívico”, há exatamente um mês, custou R$ 948,3 mil aos cofres públicos.
A conta leva em consideração as quantias gastas com munição não-letal e diárias dos policiais militares que participaram da operação. Ao todo, os 2.516 policiais designados para a ação dispunham de 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de fumaça, gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de 25 garrafas de spray de pimenta, para conter os manifestantes que se aglomeravam em frente à Assembleia Legislativa. A munição era suficiente para disparar 20 balas de borracha por minuto. Também era possível arremessar 11 bombas no mesmo tempo.
29 de abril + 30: agressão a professores derrubou Francischini e comandante da PM. As crises políticas enfrentadas pelo governo do Estado, tanto na esfera política quanto no que diz respeito às investigações do Gaeco e do Ministério Pública resultaram em baixas na gestão do governador Beto Richa (PSDB).
No campo política, as primeiras baixas foram nas Secretarias da Educação e da Segurança Pública e no comando da Polícia Militar. Paraná: genealogia de um massacre. A violenta repressão policial contra professores, estudantes e servidores públicos do estado do Paraná, no dia 29 de abril de 2015, teve repercussão mundial.
O massacre perpetrado por um assustador contingente de policiais militares (1) contra 20 mil manifestantes produziu mais de 200 feridos e cenas de selvageria que correram o mundo. Como chegamos a esta situação? O que estava em jogo? Por que o governo do Paraná decidiu impor uma repressão tão violenta e desproporcional? O Governo Beto Richa e o estelionato eleitoral. Mantido no cargo, Francischini volta a balançar após crítica da PM.
A decisão sobre a permanência ou não de Fernando Francischini à frente da Secretaria de Segurança Pública tomou boa parte da quarta-feira (6) do governador Beto Richa (PSDB) e de seus principais assessores.
A história teve várias reviravoltas: no início da manhã, Francischini era dado como demitido; perto do almoço, após uma reunião com o governador, foi confirmado no cargo; à tarde, sua demissão voltou a ser cogitada, principalmente depois da divulgação de documentos assinados pela cúpula da Polícia Militar (PM) contra o secretário. Na reunião com o governador, pela manhã, Francischini teria feito um apelo emocionado para permanecer no cargo. Segundo fontes próximas ao governo, ele afirmou que uma exoneração a essa altura significaria um baque muito grande para sua carreira política.
Richa teria cedido aos apelos e dito a Francischini que ele permaneceria no posto. Após confronto, comandante da PM do Paraná deixa o cargo. CURITIBA - O coronel Cesar Kogut pediu demissão no final da tarde desta quinta-feira, 7, do cargo de comandante geral da Polícia Militar do Paraná, após período de grande desgaste com o secretário Estadual de Segurança Fernando Francischini (Solidariedade).
FOTOS: confronto entre professores e PM no Paraná - fotos em Paraná - g1. O plano A de Richa falhou. O que vem agora? O plano A de Richa falhou.
O que vem agora? Beto Richa começou ontem a demitir gente no seu primeiro escalão. Richa e o Baile da Ilha Fiscal. Como se estivesse participando do Baile da Ilha Fiscal, o governador Beto Richa dançou ontem sua última valsa.
Dividiram com ele o salão festivo os secretários da Segurança Pública, Fernando Francischini, e da Fazenda, Mauro Ricardo da Costa, além do maestro que dirigiu os últimos acordes de uma orquestra mambembe, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano. Fora do salão, o foguetório não era comemorativo: eram bombas e balas disparadas pelos organizadores da festa contra os que não foram convidados. O Baile da Ilha Fiscal – contam os livros de história – foi a grande festa promovida pelo imperador dom Pedro II em novembro de 1889, dias antes de ser enxotado para Portugal, junto com a família real, para amargar o exílio e para nunca mais voltar à terra que governou por meio século.
Frente política condena cerco militar a professores em greve no Paraná. Você está aqui: Home // Cadernos, Cascavel, Cornélio Procópio, Curitiba, Destaques, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Litoral, Londrina, Maringá, Notícias, Política, Ponta Grossa, RMC, Sudoeste // Frente política condena cerco militar a professores em greve no Paraná O governador Beto Richa (PSDB) vai se isolando cada vez mais na sua intenção de reprimir, com violência policial, a manifestação de professores e funcionários públicos em greve prevista esta semana no Paraná.
Os servidores do estado iniciam paralisação amanhã (27) contra o confisco da poupança previdenciária. Desde ontem (26) à tarde, quando determinou a ocupação militar do Centro Cívico, o tucano atraiu contra si uma onda de protestos da frente política liderados por parlamentares. “Governo autoritário e arrogante que convoca policiais para cercar a Assembleia, intimidar professores, e garantir votações”, tuitou o deputado João Arruda (PMDB), coordenador da bancada federal paranaense em Brasília. Curitiba: redes de solidariedade e indignação. A análise topográfica da rede de compartilhamentos de conteúdos relacionados à manifestação dos professores do Paraná, recolhida entre as 5h de 29 de abril e 5h do dia 30 de abril, mostra uma rede bastante densa e distribuída.
O grafo apresenta um núcleo densamente povoado e relativamente coeso. Neste núcleo três grandes subgrupos se destacam. Repressão a protesto aumenta isolamento de Richa no Paraná - 02/05/2015. Protesto no Paraná: Crise de caixa e repressão 'derretem' a promessa tucana Beto Richa. Menos de sete meses se passaram desde que 3,3 milhões de votos reelegeram Beto Richa governador do Paraná, ainda no primeiro turno.
Cerco policial a educadores abre crise na segurança pública de Beto Richa. Você está aqui: Home // Cadernos, Cascavel, Cornélio Procópio, Curitiba, Destaques, Diário de Greve, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Litoral, Londrina, Maringá, Notícias, Política, Ponta Grossa, RMC, Sudoeste // Cerco policial a educadores abre crise na segurança pública de Beto Richa Pelas batucadas de Ney Leprevost, Bibinho volta a assombrar Assembleia Legislativa. A movimentação de tropa de milicianos para reprimir violentamente professores em greve, em Curitiba, conforme determinação do governador Beto Richa (PSDB), já abriu a maior crise da história da segurança pública do Paraná. Deputados outrora da mesma base governista se digladiam nas redes sociais em torno do tema. “Tentar resolver questões políticas usando a polícia tornou- se uma lamentável característica deste segundo governo do Beto”, criticou esta tarde o deputado Ney Leprevost, do PSD, partido do chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra.
#SomosTodosProfessores Eu nem sei direito por onde começar... Às vésperas da primeira manifestação deste ano escrevi sobre minhas razões para não fazer parte dela e sobre o como sentia que a revolta dos cidadãos de bem era seletiva. Esse post gerou muita polêmica e fui muito aplaudida e também muito criticada. Desde ontem ao olhar as imagens da reação do governador do Paraná e seu secretário de Segurança Pública contra os professores que protestam por uma manobra do governo bastante escusa e duvidosa meu coração está apertado. Fico olhando a timeline dos outrora indignados que nos convocavam para as ruas e estão repletas de memes motivacionais e assuntos aleatórios. Como podem não se solidarizar com essa causa e com os desmandos deste governador simplesmente por ele ser do PSDB? Neste momento não consigo ponderar. Francischini nega ter sido responsável pela “batalha” do Centro Cívico.
O controle de uma operação de campo é da polícia. A secretaria é responsável por fazer a gestão da pasta. Isso [atribuir diretamente à secretaria a responsabilidade] é tentar politizar a questão. Nós lamentamos. As imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminaria de maneira tão terrível, com vítimas de ambos os lados. Só o resultado do inquérito policial poderá afirmar quem abusou e se houve abuso, de ambas as partes [da Polícia Militar e dos manifestantes]. Cinco dias depois da ação policial que deixou mais de 200 manifestantes feridos no Centro Cívico, o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, se pronunciou sobre o caso nesta segunda-feira (4) e negou ser responsável pela operação. Paraná: genealogia de um massacre. Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca. Ontem o Brasil viveu um dos episódios mais chocantes da história da luta dos professores em defesa da educação e dos seus direitos.
A bárbarie perpetrada em Curitiba pelo governador Beto Richa e o seu secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, com centenas de educadores feridos, demonstra o quão violento é o braço político-judicial que se arma a partir do Paraná com o objetivo de endireitar o país. Francischini é o símbolo mais caricato dessa troika. Ela se tornou secretário de Segurança do Paraná depois de ter virado símbolo nacional de uma guerra ao PT e aos direitos humanos na internet. Com uma ação muito bem coordenada na rede, esse inexpressivo delegado foi se tornando ícone daquela gente que desfilou no dia 15 de março fazendo selfies com a PM e portando faixas de intervenção militar. A estratégia deu certo e lhe rendeu 160 mil votos, praticamente 3% do total do estado, o que é bastante para um candidato a cargo proporcional. O jogo começa a ficar mais claro. Massacre de professores em 1988 se repete.
Há 27 anos, uma manifestação de professores do Paraná em greve terminou em tragédia. No dia 30 de agosto de 1988, policiais militares escalados para acompanhar o protesto jogaram cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os manifestantes, que protestavam por melhores salários e condições de trabalho na Praça Nossa Senhora de Salette, em Curitiba. O episódio marcou para sempre a carreira do então governador e hoje senador Alvaro Dias. Por ironia, ou não, do destino político, Dias pertence agora ao mesmo partido (PSDB) do governador Beto Richa, que trava embate semelhante com o professorado. Richa comprometeu capital político de modo irreversível, dizem analistas. "Beto Richa não tem mais condições de governar"